domingo, 13 de novembro de 2011

Análise das Eleições para o DCE da UFRGS

As eleições para o Diretório Central dos Estudantes da UFRGS, no ano de 2011, a segunda realizada através do Sistema de Eleições do Portal do Aluno, foi marcada pelos recordes em números absolutos e pela consolidação de grupos políticos da UFRGS.

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A situação, representada pelas chapas 1 e 5, teve sua mais alta votação dos últimos 6 anos, com 2.886 votos, representando um total de 54,66% dos votos. A direita, representada pelas chapas 2 e 4 também bateu seu recorde histórico, atingindo a marca de 1836 votos, todavia sua participação de 34,77% do eleitorado foi inferior aquela obtida no ano de 2009, quando com um percentual de participação de 34,82% foi eleita para a Direção do DCE. (a imagem ao lado representa o percentual de participação dos grupos políticos através das médias dos últimos 6 anos).

A participação dos estudantes também foi maciça, com 5.363 votantes, o que representa 21,96% dos 24.417 estudantes aptos a votar, as eleições deste ano foram a com maior número de votantes da história da UFRGS, no que vale lembrar que parte do aumento da participação dos estudantes se deveu à implementação da votação através do Portal do Aluno, proposta defendida pela Chapa 4.

Na contramão dos resultados, a chapa 3, representada por grupos ligados ao PT, teve sua segunda menor votação dos últimos 6 anos, obtendo meros 558 votos.

Da análise dos resultados também pode-se dizer que, da mesma forma como a direita ganhou em 2009 em virtude de um racha nas chapas de situação de esquerda, nesse ano a direita deixou de ganhar as eleições em razão de um racha ocorrido em seus grupos, grande parte motivada pela intolerância manifestada no grupo formado pela chapa 2.

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Outra tendência que mais uma vez se fez presente foi a alocação de votos entre as chapas de esquerda da situação (1 e 5) e do PT (3). Ocorre que um grupo de alunos tende a votar na chapa de orientação de esquerda que demonstre mais chances de ganhar as eleições, independente da proposta manifestada pela mesma, isto faz com que, desde 2006, o PT não chegue sequer aos 1000 votos.

O grupo menos representativo foi a Chapa 2, que concentrou mais de 80% de seu eleitorado em apenas 5 cursos. O grupo, tradicionalmente apoiado pela Medicina, este ano, devido à sua campanha agressiva, foi repudiado e obteve apenas 4 votos naquele curso, ficando apenas à frente da chapa 3, que obteve 1 voto entre os estudantes de Medicina.

Outro fato infelizmente verificado nesta eleição foi o uso de militantes de fora da UFRGS para fazer campanha para as chapas e coagir estudantes. Característica notadamente presente nos grupos de esquerda, este ano foi utilizada pela Chapa 2, que trouxe indivíduos ligados à UEE e ao DCE da PUC para fazer campanha dentro da Universidade, o que é expressamente proibido pelo Regimento Eleitoral.

Outro triste episódio foi o uso de cola, por parte da Chapa 2, para fixação de seus cartazes, mais uma prática esquerdista que foi adotada pelo grupo.

Vale lembrar o caso da homonímia entre as chapas 2 e 4. A Chapa 4 DCE Livre: O Estudante em 1º lugar! foi composta pelos fundadores e membros históricos do Movimento Estudantil Liberdade (MEL), que historicamente tem utilizado o nome “DCE Livre” em suas chapas. Ainda, nestas eleições, foi o primeiro grupo a se registrar com esse nome. Por outro lado, apesar de não possuir vínculos com o MEL, e inclusive afirmar em debates que “O MEL é passado”, o grupo da Chapa 2 utilizou o mesmo nome como forma de confundir os eleitores, no que obteve êxito, pois, ao contrário da Chapa 4, a chapa 2 possuía apoio partidário, o que lhe garantiu subsídio para confecção de muitos materiais de campanha.

Por fim, o resultado dessas eleições representa uma conquista para a Chapa 4, que aumentou em mais de 60% seu eleitorado e, ainda, foi considerada como a chapa que decidiu as eleições. A chapa 4 foi a única chapa desvinculada de partidos políticos, bem como, sempre buscou fazer uma campanha limpa e honesta, sendo por isso reconhecida entre os estudantes da UFRGS.

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